BIM: a chave para a transparência e economia nas obras públicas brasileiras

Por Edwards Jackson 6 Min Read
Paulo Twiaschor destaca como o BIM revoluciona a transparência e economia nas obras públicas do Brasil.

A implementação do BIM (Building Information Modeling) está transformando a maneira como obras públicas brasileiras são planejadas e executadas. Segundo Paulo Twiaschor, especialista em gerenciamento de obras e inovação tecnológica no setor público, o uso do BIM vem ganhando espaço em contratos governamentais por sua capacidade de aumentar a transparência, o controle de custos e a eficiência nos projetos financiados com recursos públicos. Saiba mais, a seguir!

O que é BIM e por que ele é essencial nas obras públicas brasileiras?

O BIM é uma metodologia baseada em modelos digitais que integra informações geométricas, físicas e funcionais de uma construção ao longo de todo o seu ciclo de vida. Diferente dos projetos tradicionais em 2D, o BIM permite uma visualização tridimensional, simulações e análises antecipadas de interferências entre disciplinas, reduzindo significativamente erros e retrabalhos.

Essa tecnologia se tornou estratégica para o setor público, pois permite o acompanhamento detalhado do andamento da obra, facilita auditorias e gera economia de tempo e recursos. Conforme destaca Paulo Twiaschor, o BIM melhora a comunicação entre todos os envolvidos e torna a gestão mais assertiva, especialmente em obras de grande porte.

Existem casos reais de sucesso com BIM em obras públicas?

Diversos exemplos mostram como o BIM (Building Information Modeling) está trazendo benefícios concretos e transformadores para obras públicas brasileiras, tanto na redução de custos quanto na melhoria da gestão e na eficiência dos projetos. Um dos casos mais emblemáticos foi a aplicação do BIM nas obras do novo terminal de passageiros do Aeroporto de Salvador, na Bahia. 

Graças ao uso da modelagem digital, foi possível identificar de forma antecipada mais de 1.500 conflitos entre sistemas de instalações elétricas, hidráulicas e estruturais, que normalmente só seriam detectados na fase de execução da obra. A correção desses conflitos ainda no ambiente virtual evitou retrabalhos, paralisações e desperdícios, proporcionando não apenas uma economia estimada em milhões de reais, mas também garantindo mais agilidade e segurança na entrega da obra.

Outro exemplo de destaque é a ampliação da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo, como pontua o especialista Paulo Twiaschor. Neste projeto, o BIM foi essencial para viabilizar um planejamento integrado e colaborativo entre diferentes agentes envolvidos, como empresas de engenharia, órgãos públicos, concessionárias de serviços e fornecedores. Isso permitiu que todas as disciplinas técnicas trabalhassem de forma coordenada, visualizando o projeto em um modelo 3D inteligente, o que resultou na redução de erros, no controle rigoroso do cronograma e no acompanhamento preciso dos custos. Além disso, o uso do BIM facilitou a gestão de interferências, o planejamento logístico e até a simulação de etapas construtivas, contribuindo para uma execução mais eficiente e segura.

Com Paulo Twiaschor, entenda por que o BIM é essencial para obras públicas mais eficientes e transparentes.
Com Paulo Twiaschor, entenda por que o BIM é essencial para obras públicas mais eficientes e transparentes.

Esses projetos demonstram, na prática, como a adoção da modelagem digital promove mais previsibilidade, controle e transparência, além de mitigar riscos operacionais, financeiros e contratuais. O BIM não apenas melhora a comunicação entre as partes, mas também permite um acompanhamento mais detalhado da evolução da obra, evitando surpresas no orçamento e no cronograma. A tendência é que, cada vez mais, obras públicas e privadas adotem essa tecnologia como padrão, elevando significativamente o nível de qualidade, sustentabilidade e eficiência da construção civil no Brasil.

Qual o futuro das obras públicas com o BIM no Brasil?

Um dos maiores desafios das obras públicas no Brasil sempre foi o controle de gastos e a transparência na execução. Com o BIM, é possível realizar estimativas de custo mais precisas desde a fase de projeto, além de acompanhar o consumo de recursos em tempo real. A integração com sistemas de gestão orçamentária permite ao gestor público tomar decisões mais informadas, com base em dados concretos.

Além disso, o uso do BIM contribui diretamente para a redução de aditivos contratuais e para a mitigação de riscos relacionados à má execução, uma vez que os problemas são identificados e corrigidos ainda na fase de planejamento. De acordo com Paulo Twiaschor, essa abordagem proativa tem impacto direto na entrega de obras mais eficientes, sustentáveis e dentro do prazo previsto.

Por fim, o desenvolvimento de bibliotecas nacionais de objetos BIM, padronização de processos e investimento em formação técnica são passos importantes nesse caminho. Conforme observa Paulo Twiaschor, o sucesso da implementação do BIM depende da articulação entre governo, empresas e instituições de ensino, criando um ecossistema de inovação sólido e duradouro.

Autor:  Edwards Jackson

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